Sarah

em 24 de agosto de 2009



Voltei de mais uma passagem pelo Sarah de Brasília. Pra quem não sabe, ou não conhece, o Sarah é uma rede de hospitais de reabilitação que está presente em várias cidades do Brasil. Há dois anos eu não fazia uma visita, então resolvi ligar e eles marcaram a minha ida. Desta vez não fui pra ficar internado, apenas uma revisão. No primeiro dia fiz alguns exames: colhi sangue para os exames laboratoriais, fiz um ultrassom do aparelho urinário e o pior exame do mundo, a terrível urodinâmica (quem já fez sabe do que estou falando). Resultados normais, nenhuma grande novidade.
No dia seguinte a consulta médica, decidimos manter a mesma conduta no tratamento e houve apenas uma ressalva: resolver a questão da fratura que ainda tenho no fêmur direito (que mesmo após três anos, ainda não consolidou). Antes disso, não posso voltar ao Sarah. Agora não tem jeito, vou ter que passar por mais uma cirurgia.
Enfim, o mais importante não é isso. Quero mesmo é comentar a respeito das lembranças que essa visita me trouxe. Depois da urodinâmica, sentado no corredor a espera de alguém que fosse me levar para os próximos exames, conheci uma paciente que estava ali esperando pra ser atendida. Ela tinha apenas 10 meses de lesão e aquela era sua primeira estada no Sarah. Vi-me novamente na situação dela; recém-lesado, perdido ali em um mundo novo, preso num corpo que já não me obedecia mais, com a esperança de que em breve tudo voltaria ao normal.
Pois é meus amigos, é duro. Os primeiros dias, os primeiros meses... o primeiro ano, talvez o ano mais importante do resto da minha vida. Tudo aquilo passou pela minha cabeça novamente: eu já venci esta etapa. Ela entrou pra fazer o exame e eu continuei esperando, torcendo pra que ela tivesse forças pra enfrentar a batalha que tinha pela frente. Fiquei com meus pensamentos e minhas lembranças.
Esperança renovada.

4 comentários:

  1. Isso mesmo!!!! Continuamos na luta, sempre juntos...de longe, mas juntos!
    TE ADORO!!!
    Bjs Ma

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  2. Chefe, vc sempre me faz chorar... e mesmo assim te amo!!!

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  3. Foda. Já tenho oito anos de lesão e não adianta, não me conformo, não desisto, não me acostumo. Força na peruca, e vamos em frente! Bjs Ju

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  4. é uma luta que somente quem passa sabe a dificuldade... mas sempre conta comigo pra qd vc quiser e julgar necessario ajuda!!! abraço, oscar!

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