Uma luz de alerta.

em 19 de outubro de 2018

Zé Gotinha foi o símbolo da campanha brasileira contra a poliomielite. (Foto: Divulgação/Ministério da Saúde)
Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Saude/noticia/2018/10/doenca-similar-paralisia-infantil-assusta-os-estados-unidos.html?utm_source=notificacao-geral&utm_medium=notificacao-browser

Hoje uma matéria publicada no site da Revista Galileu me chamou a atenção. O título por si  só já acende um alerta: "Doença similar a paralisia infantil assusta os Estados Unidos". Apesar de não ser o meu caso, já que sofri uma lesão medular há 12 anos, conheci bastante gente acometida pela poliomielite (pra falar o nome correto) ao longo desses anos e sei que a doença é muito grave e gera um fardo pesadíssimo a ser carregado, especialmente por uma criança.
"São quase 400 casos da doença com sintomas semelhantes ao da poliomielite, que foi praticamente erradicada em todo o mundo", diz o subtítulo. O que já mostra que o fato não pode ser ignorado. As crianças atingidas receberam o diagnóstico de mielite flácida aguda (MFA). Os estudos ainda são muito recentes, mas nas últimas ondas da doença, em 2014 e 2016, os cientistas apontaram um parente do poliovírus, chamado enterovírus D68 (EV-D68), como um possível culpado.
Ainda não existem evidências conclusivas e muitas dúvidas ainda pairam no ar, como por exemplo por que o vírus paralisa apenas uma pequena minoria das crianças que infecta. Os sintomas iniciais se assemelham aos de um simples resfriado, com tosse, espirros e febre moderada, por isso o enterovírus nem sempre é diagnosticado e ninguém sabe o quão é comum. Apenas nos poucos casos em que a doença avança, as crianças apresentam uma súbita perda de controle muscular.

"Uma vacina candidata desenvolvida na China mostrou resultados promissores em camundongos, 'mas no momento, a taxa de complicações do vírus são muito baixas para fazer valer a vacinação generalizada', diz Heli Harvala, virologista da University College London. Ainda assim, 'pode ser algo que precisamos considerar. É bom estar preparado'."

A medida que a campanha de 30 anos para erradicar a pólio acabar, a atenção deve ir naturalmente se desviando pra outros vírus que podem paralisar as crianças, diz a matéria.Todas as informações ainda são muito novas e ainda há mais dúvidas que certezas, mas em respeito aos pequenos não podemos deixar de acender uma luz de alerta. Fica a dica e até a próxima!

Pra acessar a matéria na íntegra é só clicar aqui.


Câmara Municipal de Aracaju - Avaliação de Acessibilidade

em 11 de outubro de 2018

No mês passado fui convidado pra dar a minha contribuição em uma sessão especial realizada na Câmara Municipal de Aracaju, evento que fazia parte da Semana Aracaju Acessível, organizada pelo vereador Lucas Aribé (tema do post anterior). Como não podia deixar passar, aproveitei a oportunidade pra fazer uma avaliação da acessibilidade da "Casa do Povo" que trago aqui e agora pra vocês.


O prédio da Câmara é localizado no centro de Aracaju, mais precisamente na Praça Fausto Cardoso, e como todo prédio antigo não foi pensado para satisfazer as condições mínimas de acessibilidade. Algumas alterações já foram feitas ao longo do tempo para melhorar a situação, mas nada que torne o prédio adequado pra receber o povo malacabado. Claro que por ser um prédio histórico existem uma série de limitações que impedem mudanças muito drásticas, mas acreditem quando eu digo: com um pouco de boa vontade poderia ser bem melhor.

Foto retirada da internet.

Pra começar, a entrada principal não dispõe de nenhuma facilidade, sequer uma rampa na frente. A rampa mais próxima pro aleijadinho aqui conseguir subir a calçada fica a cerca de 50 metros da porta principal, na esquina da praça. Na entrada existe um lance de escadas; seria difícil colocar uma rampa ali sem desconfigurar a fachada, mas uma plataforma elevatória resolveria o problema e, convenhamos, o custo não seria nada demais para os recursos de que o poder público dispõe. No entanto, podemos deduzir sem muito esforço que isso não é visto como prioridade. Pra quê dar acesso digno ao POVO na "Casa do Povo"? A Casa, que tem hoje apenas um representante das pessoas com deficiência, o próprio vereador Lucas Aribé, já recebeu outros parlamentares malacabados. Ainda assim...

Foto retirada da internet.

A calçada é um caso à parte. As pedras portuguesas que revestem toda a praça são o terror de quem usa cadeiras de rodas, muletas e outros apetrechos. E com certeza deve trazer más lembranças também a pessoas não deficientes que torcem seus tornozelos nos buracos deixados pelas pedras que se soltam (fato comum neste tipo de piso). Não entendo porque ainda usamos as pedras portugas com tantas opções melhores. Concreto usinado já! É bom pra mim, é bom pra você, é bom pra todos!



A minha entrada triunfal se deu pela porta dos fundos, onde existe uma rampa com inclinação um pouco acima do ideal. Ainda tive que encarar um rally porque o piso da praça está danificado e com muitas pedrinhas soltas. De qualquer forma eu acredito que deveria ter o direito de entrar pela porta da frente, o que vocês acham?

Tudo bem, eu estou descendo a rampa.
Mas é porque não tirei foto quando subia.

Lá dentro a circulação é mais tranquila, o piso é predominantemente plano e sem degraus, mas o plenário não tem nenhuma adaptação. O que significa que quando eu for eleito vereador, não terei como acessar o púlpito para proferir discursos inflamados sobre os direitos das pessoas com deficiência e dos cidadãos em geral, ou quando for meter o pau no Executivo, claro. Apesar de muita gente desconhecer, as principais funções do Legislativo incluem propor leis que beneficiem a sociedade e fiscalizar o Poder Executivo. Aprendeu Tiririca?
De qualquer forma, votem em mim em 2020! #sqn 😂😂😂😂😂



Como a Câmara é aberta ao público, existe um mezanino de onde os cidadãos podem assistir as sessões, onde há vagas reservadas para cadeiras de rodas e um elevador para garantir o acesso. O banheiro adaptado é espaçoso, mas estava um pouco sujo quando entrei. O ponto negativo é o aviso na porta: "RESTRITO PARA FUNCIONÁRIOS E DEFICIENTES". Pessoal, o banheiro deve ser de uso exclusivo das pessoas com deficiência. Em alguns casos, estas precisam utilizar sondas para esvaziar a bexiga e, por isso, estão mais sujeitas a infecções. Daí a importância de um banheiro limpo e exclusivo.




Bom, é isso aí. Espero não ter deixado nada de fora. De qualquer forma, curtam, comentem e compartilhem o post, quem sabe isso não contribui para um prédio PÚBLICO mais acessível?
Fico por aqui. Aquele abraço!



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