Nessa etapa, o simples fato de ter uma vida ativa já não me cansava mais, eu podia levantar pela manhã e ter um dia ocupado sem que aquilo me deixasse completamente esgotado (fato comum nos primeiros anos de lesão). Já praticava o basquete em cadeira de rodas há algum tempo, então o meu condicionamento e força tinham melhorado consideravelmente. Voltei a dirigir, estudar, trabalhar e passei a levar a vida da melhor maneira que me fosse possível. É um momento de transição bem difícil, mas necessário.
Todo mundo precisa se cuidar, isso é fato. As pessoas já sabem há muito tempo da importância de praticar alguma atividade física, mas muita gente ainda prefere continuar sedentária. Mas quando a gente tem uma deficiência, essa necessidade se torna ainda mais urgente. No meu caso, com a lesão medular, que restringe vários movimentos, é importante manter a saúde articular e o alongamento dos músculos pra mantê-los em boas condições e evitar problemas futuros. Então, depois de algum tempo decidi que precisava continuar me cuidando de alguma forma que não me causasse um desgaste mental tão grande e imaginei que o Pilates poderia me ajudar. Indicado pelo fisioterapeuta que já dava aulas pra minha mãe, cheguei a um Studio que tinha boa acessibilidade aqui perto da minha casa e falei diretamente com César, que é fisioterapeuta e dá aulas de Pilates. A partir daí, comecei a frequentar duas vezes por semana.
Alongando a musculatura posterior das pernas.
Fortalecendo a musculatura abdominal. De um lado...
E do outro.
Buscando o equilíbrio utilizando a resistência das molas.
Por outro ângulo.
Tentando manter o equilíbrio num exercício de isometria.
Mais uma vez.
Alongando a musculatura lateral do tronco.
Faço isso dos dois lados e alonga bastante.
Mantendo a postura, puxo as molas pra trás com os braços esticados.
Controlando a respiração. Expirando na hora do esforço.
Estica essa mola, rapaz!
Remada.
Aqui, como nos exercícios anteriores, o objetivo é melhorar o equilíbrio.
A carga não é tão importante.
Mais fortalecimento do abdome.
Pra cima...
Nesse tempo já mudamos a série, criamos novas posições e exercícios que me permitem exercitar a musculatura de várias formas. Com o conhecimento técnico e científico de César, uma boa dose de criatividade e o meu feedback, os exercícios foram surgindo. Esses são apenas alguns dos que eu realizo por lá e continuamos criando. O importante é não ficar parado.
Como falava uma das músicas de Michael Jackson: "Don't stop 'till you get enough" ("Não pare até que esteja satisfeito", ou "Só pare quando se satisfizer").
Muito bom o post Ronald. É por ai mesmo, temos que nos manter em ação sempre. Feliz 2013!!! Abraços...
ResponderExcluirÉ Débora, não dá pra parar. :)
ExcluirFeliz 2013 pra vc tbm.
Bjs
como você fez esses exercícios se não conseguia se mover do pescoço pra baixo? .-.
ResponderExcluirMarina, quando eu retomei a consciência realmente não tinha quase nenhum movimento abaixo do pescoço. Mas a minha lesão foi incompleta, ou seja, não afetou todo o diâmetro da medula. Daí, com o tempo e a reabilitação eu fui conseguindo algumas evoluções e até novos movimentos foram surgindo, mas como eu disse no post, essa evolução também estacionou, então eu tenho que manter da melhor forma possível.
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